Campanha de Saúde Bucal da OAB / CAASP vai até 29 de junho

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Campanha de Saúde Bucal da OAB / CAASP vai até 29 de junho

A OAB / CAASP realiza de 4 a 29 de junho a Campanha de Saúde Bucal 2018. Para participar, basta telefonar para qualquer uma das clínicas odontológicas da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo e marcar a visita. A participação é gratuita para advogados, estagiários e dependentes. Os pacientes receberão cuidados profiláticos e orientação sobre higienização bucal. As crianças de até 12 anos receberão aplicação tópica de flúor. “As condutas profiláticas que fazem parte da campanha podem evitar problemas graves no futuro”, afirma o vice-presidente da Caixa de Assistência, Arnor Gomes da Silva Júnior.

“Quando se fala em campanha de saúde bucal, as pessoas costumam imaginar apenas uma limpeza. No nosso caso, o mais importante é a inspeção bucal que o dentista realiza”, explica Ricardo Padovese, cirurgião-dentista e gerente odontológico da OAB / CAASP. “Na campo da saúde bucal, entre profissionais de todas as classes os advogados são os que mais dão continuidade ao tratamento”, diz.

Entre os problemas mais comuns, destacam-se os de gengiva, chamados periodontais. “São afecções que começam com um pequeno sangramento; depois, a mobilidade dental é prejudicada e o indivíduo pode até vir a perder o dente”, adverte Padovese.

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Os endereços e telefones dos consultórios odontológicos da OAB / CAASP estão em www.caasp.org.br. Para o segundo semestre está prevista a segunda etapa da Campanha de Saúde Bucal, a ser realizada em clínicas odontológicas referenciadas, nas cidades em que a OAB / CAASP não conta com clínica própria.

O risco da endocardite – Dentes saudáveis não só contribuem para uma boa aparência como para a saúde em geral. A falta de higiene bucal, em grau extremo, pode acarretar infecção das válvulas do coração, doença chamada endocardite bacteriana. “É um conjunto de problemas que irá causar a endocardite infecciosa. Tudo começa na placa bacteriana, que provoca uma inflamação na gengiva, que por sua vez causará uma periodondite, que é a inflamação e infecção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes”, explica Ricardo Padovese. As intervenções odontológicas mais invasivas, como cirurgias e extrações dentárias, também dão passagem para entrada de bactérias na corrente sanguínea.

Caso bactérias encontrem uma brecha de entrada na circulação, irá direto para o endocárdio, camada interna do coração, onde estão as válvulas cardíacas. Alojada nessa região, a bactéria provocará infecção das válvulas. “Apesar de se desenvolver de forma lenta, se o quadro não for tratado rapidamente a infecção pode evoluir e provocar alterações importantes no funcionamento das válvulas cardíacas, podendo chegar a sua completa destruição. Há a possibilidade também dessa bactéria escapar do endocárdio e ir para outras regiões do organismo”, salienta o cardiologista Valdir Ambrósio Moisés, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O principal sinal sugestivo do início da infecção é febre prolongada. Somam-se a ela o surgimento de sopro no coração ou mudanças em um sopro já existente, além de manifestações na pele, nas unhas e nos olhos. Se o quadro se prolongar o indivíduo pode desenvolver anemia.

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“Não existe um teste específico que detecte a endocardite, por essa razão o médico precisa ter todas as informações possíveis, analisá-las em conjunto, para depois dar o diagnóstico de endocardite”, esclarece Moisés. O diagnóstico de endocardite infecciosa é dado após descartar-se a possibilidade de outras doenças. Para fechar o quadro, solicitam-se hemograma, hemocultura e ecocardiograma.

O médico da Unifesp salienta que o tratamento da endocardite infecciosa é incômodo para os pacientes. “Nesse tipo de infecção, são ministrados antibióticos em altas doses, usualmente mais de um tipo, todos de forma intravenosa. Por causa da medicação e das possíveis complicações, o paciente deve permanecer internado”, relata. Normalmente, o tratamento dura de quatro a seis semanas, mas pode se estender se a doença estiver em estágio avançado. Caso o organismo não reaja à medicação, o procedimento seguinte é a cirurgia para remoção do tecido infeccionado e a troca da válvula comprometida por uma prótese.

Na área odontológica a prevenção da endocardite começa pela anamnese na primeira consulta, durante a qual deve ser apurada a condição geral de saúde da pessoa. Os dados levantados na anamnese são fundamentais, pois revelam se o paciente pode se submeter a cirurgia sem maiores riscos. “Se for o caso, o dentista ou o cardiologista deve indicar um antibiótico a ser ingerido antes do procedimento, para garantir maior proteção ao paciente”, destaca Padovese. “O tratamento dentário deve sempre ser realizado em consultórios de assepsia comprovadamente rigorosa”, sublinha Valdir Ambrósio Moisés.

Fonte: https://www.caasp.org.br/noticias.asp?cod_noticia=3990

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